"não foi o Amor que falhou... foi a vida que começou a falhar..."
Carlos Alberto Machado
quinta-feira, 21 de abril de 2005
Equívocos
"(...) estarmos tão unidos que pudéssemos ser completamente livres;
estarmos tão livres que pudéssemos ser absolutamente claros;
estarmos tão claros que pudéssemos ser uns e outros sem nunca ser equívocos"
Jacinto Lucas Pires
estarmos tão livres que pudéssemos ser absolutamente claros;
estarmos tão claros que pudéssemos ser uns e outros sem nunca ser equívocos"
Jacinto Lucas Pires
sexta-feira, 1 de abril de 2005
a janela
da minha janela eu via o mar
e a lonjura dos teus olhos fizeram-me sonhar
sonhar que havia um mundo para além
sonhar que um dia eu deixaria de ser ninguém
na minha janela
deixei de te ver ao ver-te
(ver-te com ela da minha janela)
e os olhos outrora belos se turvaram
não por serem baços
não por se firmarem
mas porque a verdade nem sempre trás com ela o mar da minha janela
e em silêncio os sonhos se ficaram
a maresia voltou a entristecer
e os teus olhos agora desvitrificados deixaram-me cadáver
ainda antes do anoitecer
ainda antes da morte me deixar morrer
continuo a tentar ver-te da minha janela
não para que me apareças nela
mas para que a beleza voltasse a permanecer bela
e o sol... o sol da minha janela voltasse a unir-se ao mar
a fazer-me sonhar nos longos traços da lonjura inicial
como se da morte surgisse a Luz primordial
e eu voltasse a ver de facto o mar
o mar que de lá de longe me chama de novo a amar
o mar que antigamente se via da minha janela
e a lonjura dos teus olhos fizeram-me sonhar
sonhar que havia um mundo para além
sonhar que um dia eu deixaria de ser ninguém
na minha janela
deixei de te ver ao ver-te
(ver-te com ela da minha janela)
e os olhos outrora belos se turvaram
não por serem baços
não por se firmarem
mas porque a verdade nem sempre trás com ela o mar da minha janela
e em silêncio os sonhos se ficaram
a maresia voltou a entristecer
e os teus olhos agora desvitrificados deixaram-me cadáver
ainda antes do anoitecer
ainda antes da morte me deixar morrer
continuo a tentar ver-te da minha janela
não para que me apareças nela
mas para que a beleza voltasse a permanecer bela
e o sol... o sol da minha janela voltasse a unir-se ao mar
a fazer-me sonhar nos longos traços da lonjura inicial
como se da morte surgisse a Luz primordial
e eu voltasse a ver de facto o mar
o mar que de lá de longe me chama de novo a amar
o mar que antigamente se via da minha janela
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