quarta-feira, 27 de junho de 2007
play dead
darling stop confusing me
with your wishful thinking
hopeful enbraces
don't you understand?
i have to go through this
i belong to here where
no-one cares and no-one loves
no light no air to live in
a place called hate
the city of fear
i play dead
it stops the hurting
i play dead
and hurting stops
it's sometimes just like sleeping
curling up inside my private tortures
i nestle into pain
hug suffering
caress every ache
i play dead
it stops the hurting
(letra: bjork
foto:lilya corneli "black and white series")
www.obsessedbythissong.blogspot.com
terça-feira, 26 de junho de 2007
segunda-feira, 25 de junho de 2007
segunda-feira, 18 de junho de 2007
nunca percebi grande coisa deste mundo
desde pequena que olho para as coisas
como se fossem lugares parados
sombras por abrir na mais alta escuridão
a minha mãe dizia-me que eu era uma criança calada
ensimesmada no mundo por vir
ficava quieta até à frente do aparelho
onde normalmente um homem dizia as notícias da última noite
nessa altura talvez eu ainda não soubesse o que era a noite
(talvez intuisse só que ela existia... por ali...)
sabia das sombras mais escuras da casa
de como eu as desafiava no pequeno corredor de volta ao quarto
- porque não acendes a luz filha?
- e se um dia não houver lâmpadas? nem velas mãe?
e ela calava a minha escuridão com o toque de um dedo
não percebia que eu queria ver para além dali
daquela luz que me parecia mentida
fundida nas paredes do quarto
sombras forjadas à espera da manhã
desde pequena
eu queria atravessar o escuro
o lugar parado que ninguém queria atravessar
(o que haverá para além mãe?)
e continuamente ela acendia a luz como se me guiasse
na ilusão que eu esquecesse as madrugadas mais fundas
onde ela intimamente me sabia acordada
embalava-me na noite com aquela lâmpada improvisada
como se me quisesse ocultar o mais puro segredo
como se me adiasse o destino
só por mais um tempo
nunca percebi grande coisa deste mundo
preso à ideia de liberdade
pacificado na mais funda guerra
que sufoca na luz
e perpassa as trevas como um alvo a abater
sim,conheço pouco do mundo...
viajo por dentro
onde nunca me pedem bilhete
já fui à china e ao japão
ao deserto e a veneza
já tive sede e fome
e sobrevivi quieta
no abismo de mim
viajei parada
como se andasse milhas
e a acalmia dos dias
é a tramutação da mais funda dor
agora sei o que é a noite
e a escuridão
e gosto da tristeza como se de uma irmã
os únicos passos que dei foram
nesse corredor pequeno da casa que me leva ao quarto
não consigo dormir perante a sombra mais escura
não consigo parar a dor por me mostrar tão além...
nunca percebi grande coisa deste mundo
e vou ficando por aqui parada
quieta como quando te fazia perguntas:
- o que haverá para além da noite mãe?
(foto: marilia campos)
terça-feira, 12 de junho de 2007
domingo, 10 de junho de 2007
quinta-feira, 7 de junho de 2007
"Like Spinning Plates"
While you make pretty speeches,
I'm being cut to shreds
You feed me to the lions,
a delicate balance
And this just feels like spinning plates
I'm living in cloud cuckoo land
And this just feels like spinning plates
My body is floating down the muddy river
(letra: radiohead
foto:darren holmes - "pearl soft life")
www.obsessedbythissong.blogspot.com
quarta-feira, 6 de junho de 2007
terça-feira, 5 de junho de 2007
segunda-feira, 4 de junho de 2007
mergulha em mim
mergulha em mim
neste aquário informe
nestas paredes de vidro
frágeis
tão frágeis prestes a quebrar
mergulha em mim
com as tuas mãos pesadas
com o teu pulso forte
com a decisão de um peixe
prestes a tomar uma presa
mergulha em mim
neste líquido estranho
nesta água impregnada
retida
para ser tomada
mergulha em mim...
sabes da grandeza do oceano
e de como isto é uma gota
em que não poderás satisfazer-te
nunca neste rio parado
ainda assim
peço-te
mergulha em mim
para num segundo podermos
liquefazermo-nos amor
em amor
os dois...
(foto:helena almeida)
sábado, 2 de junho de 2007
arrábida -27 de maio de 2007
um bocadinho de céu... e a coroação das crianças... sempre!
"Chegando o dia de Pentecostes, estavam todos reunidos no mesmo lugar. De repente, veio do céu um ruído, como se soprasse um vento impetuoso, e encheu toda a casa onde estavam sentados. Apareceu-lhes então uma espécie de línguas de fogo que se repartiram e pousaram sobre cada um deles. Ficaram todos cheios do Espírito Santo e começaram a falar em línguas, conforme o Espírito Santo lhes concedia que falassem. Achavam-se então em Jerusalém judeus piedosos de todas as nações que há debaixo do céu. Ouvindo aquele ruído, reuniu-se muita gente e maravilhava-se de que cada um os ouvia falar na sua própria língua. Profundamente impressionados, manifestavam a sua admiração: Não são, porventura, galileus todos estes que falam? Como então todos nós os ouvimos falar, cada um em nossa própria língua materna? Partos, medos, elamitas; os que habitam a Macedônia, a Judéia, a Capadócia, o Ponto, a Ásia, a Frígia, a Panfília, o Egito e as províncias da Líbia próximas a Cirene; peregrinos romanos, judeus ou prosélitos, cretenses e árabes; ouvimo-los publicar em nossas línguas as maravilhas de Deus!" (at 2,1-11)
- vulto negro de onde vens?
que nesse negrume me velas
- venho levar-te às entranhas
no mais profundo que há nelas
- vulto negro tenho medo
de ao espelho para ti olhar
- sou só isto, vem a mim
nos caminhos te hei-de levar
- vulto negro, eu não queria
entregar-me a ti assim
- abre a janela menina
atira-te e vem até mim!
- vulto negro na treva me guias
porque estás ainda aqui?
- estou aqui para te dar no negro
o branco que há em ti...
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