quarta-feira, 4 de julho de 2007

dança, dança comigo
esta música que é a morte
o barulho inquieto
do inflamar dos dias

a vertigem do teu ser
quando em vão te esticas

infinito luar no lugar do nome

dança, dança comigo
voo imparável na sarça ardente

ergue-me apenas dos destroços
areia quente no deserto do fim





(http://obsessedbythissong.blogspot.com/2007/07/tabula-rasa-miguel-roblesarvo-part.html)

5 comentários:

Mateso disse...

A dança da morte ,ou antes a dança da vida ,qual sarça ardente em areias finas corridas de nada...? o deserto? ...a imensidão envolvente do silêncio do destino.
Lindo. Bj.

bruno disse...

a música deve andar no ar..
tabulas rasas e silencios (a segunda parte, também inefabilíssima, da obra do pärt) pelas ruas.
o que é facto é que ontem ouvi e reouvi, depois de algum tempo sem o fazer, e olha aqui também.
Tudo de bom com o Miguel, mas nada me faz esquecer este pärt nas primeiras filas do pedro e inês da olga roriz. EXPERIÊNCIA-TUDO.

sophiarui disse...

mateso: como saberemos nós dançar a vida se não morrermos?

obrigada pela visita

abracinho bom

sophiarui disse...

bruno: fico contente que desta vez tenhas conseguido achar o pedro e a inês antes perdidos...

pena ter-me sido impossível esse TUDO das primeiras filas... muita pena mesmo!

esperança: que a música do nos arrebate sempre assim - "até ao fim do mundo"!

(pelas ruas)

:)

bruno disse...

não desta vez.
foram outrora perdidos; mas já antes haviam sido achados (na reposição seguinte). Nesta não pude (oh infortúnio!) estar.
bons dias.