acordá-los não é fácil
acordá-los todos os dias numa sala negra
húmida, vidros estilhaçados...
dizer-lhes que a vida existe (outra)
sem pancada
sem medo
sem solidão
mentir-lhes verdadeiramente um bocadinho
roubar-lhes o sorriso que não tinham
retirá-los de uma morte em embrião
chegar-lhes ao coração
sem saber se coração lhes chega
chegar-lhes ao estômago sem pão
acordar os filhos dos outros não é fácil
minutos da semana dispendidos
prazo cumprido
mais um ano
despedida
não sabermos (de facto) se eles crescem...
se eles acordam ou não...
quinta-feira, 1 de dezembro de 2011
acordar os filhos dos outros...
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