vem assim recolher o meu corpo das águas frágeis
de um copo
de uma taça
da cor rubra do vinho
da vida que me deste num presente de escorrer por entre as mãos
vem assim recolher-me no mais íntimo do líquido
no mais profundo de madrugadas embebidas demais...
em que te recolho eu
(trocando os papéis)
olhando os teus olhos já mortos
que todos os dias vejo perto demais
(sinto-te a ir...)
(foto:liliana dvorianova - "sea")
2 comentários:
Óptima verbalização de sentir! Mto comovente amiga.
Deixo-te um sorriso daqueles de abraçar por dentro...
:)
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