segunda-feira, 26 de março de 2007


vem assim recolher o meu corpo das águas frágeis

de um copo

de uma taça

da cor rubra do vinho
da vida que me deste num presente de escorrer por entre as mãos



vem assim recolher-me no mais íntimo do líquido

no mais profundo de madrugadas embebidas demais...
em que te recolho eu
(trocando os papéis)

olhando os teus olhos já mortos
que todos os dias vejo perto demais


(sinto-te a ir...)






(foto:liliana dvorianova - "sea")

2 comentários:

rota_aérea disse...

Óptima verbalização de sentir! Mto comovente amiga.

Deixo-te um sorriso daqueles de abraçar por dentro...

sophiarui disse...

:)