quinta-feira, 10 de janeiro de 2008

acrobata


sempre fui acrobata
lembro-me de me contorcer perante a paixão mais sublime
e de arremessar feixes de fogo ao mais indolente dos amores

a vida deu-me sempre a volta:

fiz-me acrobata para dar a volta à vida
transformando o inacreditável em real
o inverosímil em verdade

em todos os palcos
todos os saltos que dei foram sem rede
e se ainda tenho um corpo
é porque as minhas asas são grandes demais para me deixar tombar





(foto:alex rossi - circus 3)

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