segunda-feira, 14 de janeiro de 2008
"não fui margem sem outra margem onde ligar os braços
mas fui o tempo solto para entrançar os meus cabelos
e o movimento dos teus pés descalços
não fui solidão inteira nem reclusa
para o único repouso entre o silêncio
nem fui a flor exausta defendendo-se
de toda a mão que a quis despetalar
não fui a casa que a si mesma se abrigou
nem a morada que nunca se acolheu
mas o tempo a pedir que me deixasse
naquilo que não fui vim encontrar-me
e sempre que te vi recomecei"
daniel faria, "explicação das casas"
poesia pag.59
edições quasi
(foto:sophiarui - trabalho sobre imagem de waterhouse)
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2 comentários:
É só o que temos este nada que somos.
Abraço com saudades***
Pat
saudade também... a entranhar-se...
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