ontem a morte passou por mim na rua
vestida de preto
cambaleante e desmazelada
com um carrinho sem rodas que arrastava
deixando marcas no pavimento
ontem de arrepio
acendi uma vela
vermelha. pingava, pingava
como se chorasse
ontem mais uma vez o de sempre
a morte à frente
e tu ali estendido sem nada poder fazer
(quanto tempo mais vou ter que te ver morrer?)
(foto:sophiarui - fotografia sobre imagem de josé afonso furtado)
2 comentários:
Abrç forte no teu coração!
belissimo poema...
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