em épocas de crise
os extremos agudizam
há quem viva do material e apele ao bem-estar
há quem viva do espiritual e apele às profecias
quase todos preferem
o refúgio das palavras seguras e formatadas
o papaguear brando de slogans de felicidade empacotada em luzes de néon
e eu navego
guardo-me nas valetas de um silêncio brando
prefiro o fio da navalha que me faz existir
ondas muitas...
mar demasiado grande para lhe poder chegar
néon apagado
os vidros na mão
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