sexta-feira, 14 de outubro de 2005


Fiquei petrificada!
Não sei se da queda se do espanto
se da espera se do pranto...

Fiquei imóvel à espera num banco de pedra
(pedra sobre pedra... este eu sem mim num banco por aí...)

Agarrei um fio de vida fino, quase imperceptível
e as mãos frias de quedas que ficaram
como o banco onde espero (tanto tanto...)

como a pedra edificada nesta constante ausência (não sei bem de quê)

por cima esvoaçam ramificantes raízes de medos que perdi...

aos meus pés um chão demasiado frio para ser eu...

... e as mãos... as mãos... sempre agarradas a uma réstea ténue.... a um fio de vida... à espera que aqueçam num entretanto... que a paz venha por fim...

(foto: angelle)

1 comentário:

aquilária disse...

pois é, sophia, no fundo não passamos, todos nós, de um imenso somatório de interrogações e anseios.
deixo-te um abraço