segunda-feira, 8 de janeiro de 2007

"tenho sentido momentos em que tudo me parece de uma esterilidade negra, de impotência realizadora, de gosto, de inútil; outros de irradiação celeste, de fecundidade imensa, de um abrir ao criador como a flor se abre ao sol.

Encontro este choque de sentimentos, massacre de ideias, onde pensamentos velhos resistem a pensamentos novos e pensamentos novos se formam de sentimentos velhos.


Nos momentos de calma, de entrelutas, refaço as trincheiras da resistência, examino a minha capacidade de energia vital e aparece-me a vitória nítida."



(carta de Amadeo de Souza Cardoso à sua família - 1912)


(pintura: amadeo de souza cardoso "trois lévriers blancs"
tinta da china sobre papel - 1912)

1 comentário:

ppenha disse...

ai amadeo, amadeo... que saudades :)